QUER SABER COMO DEUS CONVERSA COM VOCÊ?
Nos meus cursos e palestras sou constantemente questionado sobre a presença de Deus em nossas vidas. Muitas pessoas alegam que se sentem abandonadas pelo Pai Celestial que nunca conversou com elas.
Nessa hora, eu costumo perguntar se essas pessoas esperam que Deus sente ao seu lado para conversar e dar conselhos, fazer admoestações quando necessário, e até mesmo castigos como pensam alguns.
Lógico que não é assim! Deus conversa sim com você a todo instante. Ele se manifesta através de um amigo, do conselho do pai ou da mãe, da leitura de um livro que você escolheu sem saber o porquê e no qual encontrou uma palavra que necessitava, do sentimento provocado por uma música, pela observação da natureza, pelo perfume de uma flor, pela contemplação de uma noite estrelada, pelo olhar de uma criança, pela leitura de uma poesia, pelo carinho de um animal, pela magnitude do por do sol, enfim, Deus está presente na sua vida e lhe envia mensagens a todo instante.
Quero dividir com você um acontecimento que marcou a minha vida e que hoje, com mais discernimento, consigo entender a mensagem.
Nessa época eu residia em Portugal e era comum me deslocar de uma aldeia onde passava férias (Vilarinho da Castanheira) para a cidade do Porto, onde estudava. As viagens eram feitas de trem a partir de uma estação chamada Tua.
Tinha por volta de 10 anos de idade e minhas viagens não eram nada confortáveis já que minha avó me enchia de embrulhos e cestas para levar para o meu tio. Valia-me da boa vontade dos amigos, também estudantes, que me ajudavam a colocar os pacotes para dentro do trem.
A passagem custava quarenta escudos e dez centavos e é exatamente nesse ponto que tem origem este fato.
Meus colegas, que já haviam comprado a passagem, disseram que o vendedor de passagens informara que só venderia as passagens para quem tivesse a quantia exata, ou seja, os 10 centavos trocadinhos.
Eu não tinha e nenhum dos colegas tinha. Aí começou a bater o desespero. Uma criança de 10 anos apavorada pela ideia de precisar ficar sozinha, longe de casa e ainda mais rodeado de malas e pacotes.
O que fazer? Ao longe já se escutava o apito do trem que vinha de Barca D’Alva, quase fronteira com a Espanha. O apito, cada vez mais perto, aumentava a minha aflição. E agora, o que fazer?
Foi aí que tive a ideia de tentar trocar o dinheiro. Mas, para fazê-lo, precisaria me arriscar a atravessar uma linha de trem. Do outro lado existiam alguns bares e lá, com certeza, eu conseguiria troco.
O trem que me levaria ao Porto apitava cada vez mais perto. Meu coração batia acelerado e o medo de não conseguir troco e ficar sozinho era cada vez maior.
Decidi então atravessar a linha do trem que é um ramal que vem do norte do país, da cidade de Bragança.
No exato momento em que ia pular da gare para o trilho, eis que surge na curva um trem enorme. Daqueles cargueiros que transportam minério e têm centenas de vagões.
O enorme cargueiro desfilava pela minha frente as centenas de vagões. O trem que eu pegaria continuava apitando, cada vez mais alto, e a minha aflição aumentando.
Não vai dar tempo! – pensava eu.
De repente, o cargueiro diminuiu a velocidade e parou. Eu só tinha uma coisa a fazer. Pular dentro do vagão para chegar ao outro lado da linha e, enfim, trocar o dinheiro em um dos bares.
O vagão de carga tinha uma pequena cabine e foi por ela que tentei atravessar. Mais uma preocupação: e se o trem começar a andar comigo dentro dele? Onde irei parar? Como farei para avisar a minha família?
Nesse exato momento Deus conversou comigo.
No meio de tanta sujeira, algo brilhava no chão do vagão. Abaixei-me para ver o que era. Você pode acreditar. Era uma moeda de 10 centavos, novinha e brilhante. Uma moeda salvadora que permitiu comprar a passagem e rumar para o Porto com os meus amigos e a enorme bagagem. Prestemos bastante atenção no detalhe. Poderia ter sido uma moeda de outro valor, mas foi exatamente o que eu precisava. Nem mais, nem menos.
Esse fato foi por mim esquecido por diversos anos. Quando me lembrava dele ou comentava com alguém, tudo não passava de peripécias de uma criança com sorte.
O tempo passou. Hoje, com mais conhecimento e estudioso do que se refere a espiritualidade, entendi a mensagem que naquele momento me foi enviada por Deus.
“Fique tranquilo meu filho. Não se desespere. No momento certo receberá o que necessita!”.
E assim tem sido ao longo da minha vida.
Gratidão meu Deus, pela enorme lição que me proporcionou com uma humilde moeda de 10 centavos.
Luiz Viegas – Fortaleza, 09 de maio de 2019
Nos meus cursos e palestras sou constantemente questionado sobre a presença de Deus em nossas vidas. Muitas pessoas alegam que se sentem abandonadas pelo Pai Celestial que nunca conversou com elas.Nessa hora, eu costumo perguntar se essas pessoas esperam que Deus sente ao seu lado para conversar e dar conselhos, fazer admoestações quando necessário, e até mesmo castigos como pensam alguns.
Lógico que não é assim! Deus conversa sim com você a todo instante. Ele se manifesta através de um amigo, do conselho do pai ou da mãe, da leitura de um livro que você escolheu sem saber o porquê e no qual encontrou uma palavra que necessitava, do sentimento provocado por uma música, pela observação da natureza, pelo perfume de uma flor, pela contemplação de uma noite estrelada, pelo olhar de uma criança, pela leitura de uma poesia, pelo carinho de um animal, pela magnitude do por do sol, enfim, Deus está presente na sua vida e lhe envia mensagens a todo instante.
Quero dividir com você um acontecimento que marcou a minha vida e que hoje, com mais discernimento, consigo entender a mensagem.
Nessa época eu residia em Portugal e era comum me deslocar de uma aldeia onde passava férias (Vilarinho da Castanheira) para a cidade do Porto, onde estudava. As viagens eram feitas de trem a partir de uma estação chamada Tua.
Tinha por volta de 10 anos de idade e minhas viagens não eram nada confortáveis já que minha avó me enchia de embrulhos e cestas para levar para o meu tio. Valia-me da boa vontade dos amigos, também estudantes, que me ajudavam a colocar os pacotes para dentro do trem.
A passagem custava quarenta escudos e dez centavos e é exatamente nesse ponto que tem origem este fato.
Meus colegas, que já haviam comprado a passagem, disseram que o vendedor de passagens informara que só venderia as passagens para quem tivesse a quantia exata, ou seja, os 10 centavos trocadinhos.
Eu não tinha e nenhum dos colegas tinha. Aí começou a bater o desespero. Uma criança de 10 anos apavorada pela ideia de precisar ficar sozinha, longe de casa e ainda mais rodeado de malas e pacotes.
O que fazer? Ao longe já se escutava o apito do trem que vinha de Barca D’Alva, quase fronteira com a Espanha. O apito, cada vez mais perto, aumentava a minha aflição. E agora, o que fazer?
Foi aí que tive a ideia de tentar trocar o dinheiro. Mas, para fazê-lo, precisaria me arriscar a atravessar uma linha de trem. Do outro lado existiam alguns bares e lá, com certeza, eu conseguiria troco.
O trem que me levaria ao Porto apitava cada vez mais perto. Meu coração batia acelerado e o medo de não conseguir troco e ficar sozinho era cada vez maior.
Decidi então atravessar a linha do trem que é um ramal que vem do norte do país, da cidade de Bragança.
No exato momento em que ia pular da gare para o trilho, eis que surge na curva um trem enorme. Daqueles cargueiros que transportam minério e têm centenas de vagões.
O enorme cargueiro desfilava pela minha frente as centenas de vagões. O trem que eu pegaria continuava apitando, cada vez mais alto, e a minha aflição aumentando.
Não vai dar tempo! – pensava eu.
De repente, o cargueiro diminuiu a velocidade e parou. Eu só tinha uma coisa a fazer. Pular dentro do vagão para chegar ao outro lado da linha e, enfim, trocar o dinheiro em um dos bares.
O vagão de carga tinha uma pequena cabine e foi por ela que tentei atravessar. Mais uma preocupação: e se o trem começar a andar comigo dentro dele? Onde irei parar? Como farei para avisar a minha família?
Nesse exato momento Deus conversou comigo.
No meio de tanta sujeira, algo brilhava no chão do vagão. Abaixei-me para ver o que era. Você pode acreditar. Era uma moeda de 10 centavos, novinha e brilhante. Uma moeda salvadora que permitiu comprar a passagem e rumar para o Porto com os meus amigos e a enorme bagagem. Prestemos bastante atenção no detalhe. Poderia ter sido uma moeda de outro valor, mas foi exatamente o que eu precisava. Nem mais, nem menos.
Esse fato foi por mim esquecido por diversos anos. Quando me lembrava dele ou comentava com alguém, tudo não passava de peripécias de uma criança com sorte.
O tempo passou. Hoje, com mais conhecimento e estudioso do que se refere a espiritualidade, entendi a mensagem que naquele momento me foi enviada por Deus.
“Fique tranquilo meu filho. Não se desespere. No momento certo receberá o que necessita!”.
E assim tem sido ao longo da minha vida.
Gratidão meu Deus, pela enorme lição que me proporcionou com uma humilde moeda de 10 centavos.
Luiz Viegas – Fortaleza, 09 de maio de 2019
